Eu não tenho mais bebê #18
Chega de fraldas, mamadeira, leite em pó, berço... é hora de novos desafios.
Semana passada estava arrumando mala para o feriado, fazendo compras do mês, resolvendo burocracias antes de viajar… e no vai-e-vem percebi que não precisava mais levar fraldas na viagem. Minha filha de 3 anos tinha desfraldado completamente, de dia, de noite, xixi, cocô…. Nada de fraldas.
Eu tenho uma lista pronta no celular, minha e das crianças, do que colocar na mala em viagens. Quando fui separar as coisas, vi que a lista estava desatualizada. Mamadeira, leite em pó, mantinha, mosqueteiro para berço, carrinho, fraldas… Nada disso eu precisaria levar.
Foi uma sensação estranha. Fomos viajar com uma malinha de mão. E só… cadê aquela tralha toda?
Ao longo do feriado observei as crianças. Pasmem. Eu não tenho mais bebês. Eles são articulados, trocam ideia, se posicionam, brincam entre eles (brigam também), pedem ajuda, falam o que estão pensando.
UAU. Aqueles seres tão pequenos, indefesos, dependentes de mim CRESCERAM.
Sempre me imaginei mãe de bebês. Amamentando, levando no carrinho, colocando para dormir, dando banho. Mas, esse ciclo ficou para trás. E agora, quem sou eu?
Eu acho que enquanto os mais velhos cresciam, eu sabia que engravidaria de novo. Que iria passar pela gravidez, pelo parto, pelo puerpério. Então, não era difícil lidar com esse assunto. Mas, pela primeira vez, agora eu entendi que essa fase acabou para mim . É um luto, é um ciclo, é um recomeço.
Já me sinto desafiada com outras coisas. Como negociar telas (ou a falta de telas), o uso do nosso tempo junto, os horários de ir para escola, entre tantos outros. Mas, o maior desafio agora é criar seres humanos que eu admiro por quem eles são (e serão).
Que tipo de adulto eu espero que meus filhos sejam? Que parte disso vem da educação e da responsabilidade que está nas minhas mãos e do meu marido? E que parte vem de quem eles são, da personalidade, das interações, das experiências que eles vivem sozinhos e com outras pessoas?
Nosso papel como mãe deixa de ser óbvio e passa a ser no exemplo, nas entrelinhas, nas falas, nas crenças, nas atitudes. Quem eu sou nesse cenário? Como eu me mostro para meus filhos?
Nesses processos de evoluir e me conhecer mais vou aprendendo sobre meus defeitos e dificuldades também. Será que meus filhos percebem minhas fraquezas? Ou ainda me acham super-heroína?
Em que momento percebemos os seres humanos nos nossos pais? Em que momento caiu a minha ficha de que meus pais não eram aqueles seres idealizados que eu achava que eles eram?
Eu lembro de alguns momentos marcantes. Alguns que tiraram meu chão e me deixaram até com raiva por não ter percebido antes. E outros que me fizeram achar meus pais ainda mais incríveis porque eles eram humanos, com tudo o que vem nesse pacote. Aprendi a valorizar muito mais o esforço deles e o que tinha por trás daquilo que eu via antes.
Enfim, educar um ser humano é uma grande responsabilidade. Cada fase vem com seus dramas, prazeres e desafios. Estou pronta para deixar de ser mãe de bebês e abraçar meus filhotes no que der e vier. E o que será que vem?
Sobre mim
Eu sou a Dri Lima, tenho 40 anos, sou casada e tenho 3 filhos. Amo viajar, conhecer novas culturas, conversar com as pessoas e aprender coisas novas!
Trabalho como coach de carreira e desenvolvimento pessoal e atendo todas as pessoas que querem se provocar, se descobrir e se transformar para, de forma prática, encontrar seu máximo potencial e equilibrar melhor as diversas áreas da vida. Tenho um interesse especial pelas mães que buscam maior sentido na vida e querem conciliar seus objetivos pessoais e profissionais pós nascimento dos filhos.
Tenho também o Programa Descoberta, um programa de coaching em grupo para mulheres que querem alinhar suas escolhas profissionais ao seu estilo de vida. Saiba mais aqui.
Além do trabalho como coach, eu organizo o ExpoMaterna - encontros mensais para mães visitarem exposições e museus com seus bebês de até 1 ano. Saiba mais aqui.
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Email: contato@drilima.com.br
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